Confraria Gastronómica das Sopas de Tomate

Bem-vindo à Confraria das Sopas de Tomate! 🍅✨ 

Este nosso grupo criado pelo excelentíssimo confrade, exímio chef e  valente mastigante Marcos Lança a 18 de outubro de 2024, foi a forma perfeita de conciliação entre o prazer da amizade e o prazer de bem servir (e comer) da cozinha Alentejana. A Confraria Gastronómica das Sopas de Tomate, ocupa-se de divulgar e ensinar a humilde cozinha Alentejana.

Aqui, juntamos amigos à volta da mesa para celebrar a tradição e os sabores autênticos do Alentejo. Os nossos jantares são um convite ao convívio, acompanhados de boas conversas, vinho de qualidade e, claro, a nossa estrela: a boa comida alentejana!

Sopas de Tomate

Entradas tradicionais


Matéria prima de excelência


ESTATUTOS DA CONFRARIA

Estes são os estatutos da nossa nobre e respeitável confraria. Estes são os princípios, que deverão reger a nossa conduta e fortalecer os laços que nos unem, sendo os que se seguem:

Artigo 1.º – Que a verdade seja sempre dita, como fundamento essencial da nossa convivência.

Artigo 2.º – Que nos empenhemos sempre em dar o nosso melhor, tanto para a confraria quanto para todos os que dela fazem parte.

Artigo 3.º – Que nunca, sob qualquer circunstância, percamos a nossa paciência, mantendo a harmonia e o respeito mútuo.

Artigo 4.º – Que sempre que nos reunirmos, façamo-lo com alegria e espírito de confraternização.

Artigo 5.º – Que o respeito entre confrades seja inquestionável e incondicional.

Artigo 6.º – Que, no caso de erro, uma inevitabilidade da condição humana, saibamos perdoar com prontidão e generosidade.

Artigo 7.º – Que nunca nos falte a vontade de rir e que, ao fazê-lo, possamos expressá-lo livremente e sem reservas.

Artigo 8.º – Acima de tudo, que sejamos uma família, não por imposição, mas por escolha e afinidade.

Por fim, foi proposto que, adotemos como lema oficial da nossa confraria a expressão latina "Amor Omnia Vincit", cuja tradução nos relembra que o amor tudo conquista.

Encontros

25 de outubro de 2024

Sopas de Tomate

Para começar bem, na primeira edição da Confraria das Sopas de Tomate, reunimos amigos na Barra, para um jantar memorável. O grande destaque da noite foi o prato principal, preparado com mestria pelo nosso abençoado chef Marcos Lança, que nos presenteou com uma divinal sopa de tomate autêntica e cheia de sabor.

Entre garfadas e brindes, a boa disposição imperou, criando um ambiente de pura celebração alentejana. Conversas animadas, muitas gargalhadas e um toque de tradição fizeram desta noite um verdadeiro sucesso.

Que venham mais encontros como este! 🥂✨


 

Equipa :

Chef:  Marcos Lança

Filme da noite :  The Usual Suspects


15 de novembro de 2024

Javali

A Confraria das Sopas de Tomate reuniu-se desta vez em casa da Lúcia para mais um encontro inesquecível. O chef da noite, Marcos Lança, voltou a brilhar, desta vez com um javali soberbo, cozinhado com todo o saber e tradição alentejana.

Numa noite repleta de boa disposição, erguemos os copos à amizade e a tudo inerente que ela nos traz.  Uma noite recheada de sabores autênticos e momentos que ficarão na memória, assim como um javali inesquecível que muito trabalho deu a confecionar.


Equipa :

Chef: Marcos Lança

Filme da noite : The Hunger Games

1 de fevereiro de 2025

Caril

Uma Batalha de Sabores! 🍛👨‍🍳

A Confraria das Sopas de Tomate juntou-se em casa da Mimi para uma noite cheia de sabor e diversão! Desta vez, tivemos não um, mas quatro talentosos cozinheirosPaulinho, Lúcia, Cláudia e Marcos – que se aventuraram na criação de um caril original, cada um com o seu toque especial.

Entre aromas exóticos, paladares surpreendentes e muita animação, a competição foi renhida, mas no final, Paulinho sagrou-se o grande vencedor! Um jantar marcado pela criatividade, boa disposição e ,obviamente, aquele espírito de amizade que torna cada encontro memorável.

Equipa :

Chefs: Paulinho, Lúcia, Cláudia e Marcos Lança

Filme da noite : Slumdog Millionaire


15 de março de 2025


Bifanas

Era uma tarde serena de março, embalada por uma calma quase ilusória. O sol, tímido, espreitava por entre as nuvens cinzentas que se aproximavam velozmente do mar, como se antecipassem que a noite não poderia ser perfeita sem um toque de imprevisibilidade, para de alguma forma tentar estragar a noite. Não conseguiu.

Dentro de casa, a Raquel dava os retoques finais na mesa, enquanto o gin já aguardava a sua vez de brilhar. À hora marcada, o Grão-Mestre chegou para preparar o ambiente, selando o início de mais uma noite memorável. Os degustantes foram chegando, trazendo consigo a alegria vibrante que os define. Nem a ameaça da tempestade, nem a chuva persistente conseguiram arrefecer o calor e a animação que se espalhavam pelo nosso espaço.

O banquete iniciou-se com as bifanas da Mimi—suculentas, com um toque picante irresistível, uma verdadeira explosão de sabor. Seguiram-se as da Lúcia, extraordinárias, deixando no palato a certeza de que a competição seria renhida. Para cortar os sabores intensos, surgiu o gaspacho "Capaxo" alentejano do Marcos, refrescante e revigorante, preparando-nos para a ronda seguinte.

Mas até os mais dedicados têm limites. Foi necessária uma sessão nostálgica de "Estação da Luz" dos anos 90 para gastarmos um pouco do que havíamos saboreado. Só então chegaram as bifanas do José—divinais. A esta altura, a fasquia estava elevada e o apetite já não era o mesmo, mas a excelência exigia que fossem degustadas com a devida atenção.

Por fim, veio o desfecho doce: dez sobremesas diferentes para aqueles que ainda ousassem desafiar a saciedade. A votação foi acesa. Dos 1.500 pontos possíveis, a Mimi ficou a meros três pontos dos primeiros classificados, que terminaram empatados. Por bola de berlim—perdão, por bola-baragem—o José foi consagrado vencedor.

Na verdade, ganhámos todos. Porque sempre que nos juntamos, a vitória é coletiva. E cada encontro é, por si só, um triunfo.

Equipa :

Chefs: Mimi, Lúcia e José

Filme da noite : Rock of Ages

25 de abril de 2025


Primeiro Concurso de Enogastronomia

A noite prometia animação.

A liberdade ainda ecoava nos nossos corações, e o dia era especial. O sagrado silêncio, muito apreciado pelos seus vizinhos, que normalmente reinava na casa da Lúcia estava prestes a ser esmagado pelas gargalhadas sonoras dos confrades, pelas histórias partilhadas e pelas conversas paralelas típicas de uma verdadeira noite de amizade.

A promessa era forte. Os confrades concorrentes — os três estarolas — já andavam atarefados há dias, dedicados a preparar os pitéus. Os restantes confrades cumpriram com o seu papel: chegaram com boa disposição, apetite e sede na medida certa.

Iniciámos as hostilidades com uma bruschetta "à Paulo Silva", deliciosa na sua simplicidade — uma estreia para todos, inclusive para o próprio chef. Esta entrada, tal como os restantes pratos da noite, serviu de apoio perfeito ao vinho escolhido: um Vidigueira Antão Vaz — a rainha do Alentejo — com aromas cítricos, minerais e tropicais (manga, maracujá e casca de tangerina). Um branco fresco de clima quente, leve e harmonioso, que casou divinamente com a bruschetta.

Seguiu-se o primeiro prato principal, pelas mãos do confrade Marcos Lança, que não desiludiu: uma marrã de javali suculenta, acompanhada por um Xico Garcia magnífico, repleto de notas de frutos maduros e taninos suaves. Um vinho aromático, equilibrado e distinto, que realçou — sem ofuscar — a qualidade do javali.

Com mais histórias do que fome, aguardámos com entusiasmo o segundo prato principal — e valeu bem a pena. Chegou então à mesa uma carne de porco preto à alentejana, rica em sabor e diversidade, que encantou os presentes. Acompanhou-se com um Encostas de Estremoz, um vinho brilhante e equilibrado, com exuberantes sabores de pêssego e ananás. Uma textura agradável e um perfil frutado que honraram o nobre porco preto, que certamente não morreu em vão.

Mas faltava o toque final: o doce.
A confrade Cláudia brindou-nos com uma Pavlova deliciosa que, apesar de não ser mais bonita do que a chef, estava verdadeiramente divina. Para acompanhar, surgiu um Dom Martinho da Quinta do Carmo — um excelente blend de Alicante Bouschet, Aragonez, Trincadeira e notas subtis de Cabernet Sauvignon. Um vinho com ótima acidez, sabor a frutos silvestres maduros e um equilíbrio que fechou a noite com chave de ouro.

Um pormenor da noite é que houve também a celebração de aniversário de três ilustres confrades que à semelhança do vinho do Porto Ferrreira 2020 servido ao final da noite, tal como este Late Bottled Vintage não se nota a idade mas apenas a qualidade com o decorrer dos anos.

Foi uma noite memorável, oferecida pela generosidade e eterna paciência da Lúcia e da Ema. Que nunca lhes falte o nosso agradecimento e a nossa boa disposição.

Equipa :

Chefs: Paulinho, Marcos e Cláudia

Filme da noite : Capitães de Abril

24 de maio de 2025


Segundo Concurso de Enogastronomia

Crónica de uma Noite Atlântica – Divinas & Fermentadas

Naquela tarde já pairava no ar o aroma da maresia, prenúncio claro de que a calma sabática não duraria muito. Estava prestes a ser irrompida por uma avalanche de sabores doces e salgados, vindos diretamente do Atlântico, prontos para nos assaltar os sentidos e, quem sabe, deixar-nos ligeiramente mais felizes (e mais cheios). E sim, foram todos que deviam à comunhão no dia seguinte. 

Com a aproximação dos confrades a Aveiro, as Divinas & Fermentadas já circulavam em modo frenético entre a cozinha e a mesa de recepção — uma mesa mantida em absoluto segredo, com a mesma segurança de um cofre suíço, até ao momento da revelação. Quando finalmente desvendada, só faltava mesmo um aquário em cima da toalha para completar o quadro marítimo.

Abrimos as hostes com uma entrada de bruma atlântica. Fresca, saborosa e misteriosa q.b., foi muito bem acompanhada por um espumante Bacus Virgilius com um toquezinho atrevido de licor de cassis. Um começo digno de nota (e de mais um copo).

Mas isto era só o aquecimento. A seguir veio um avocado splash — elegante, cremoso e cheio de personalidade — que chegou à mesa escoltado por um Nelson Neves, um Merlot da Bairrada que teve a ousadia de se proclamar 100% Merlot, ignorando por completo a omnipresente e tradicional baga. Arrogante? Talvez. Mas estava fresco, encorpado e em total sintonia com o prato.

De estômago e alma já bem encaminhados, avançámos com a determinação de quem sabe que a confraria não se faz com meias medidas. Foi então servida uma cataplana do mar, uma verdadeira ode ao oceano — completa, variada, vinda diretamente da lota de Aveiro e tão reconfortante como um cobertor em noite de temporal. Foi-nos apresentada com toda a solenidade que merecia, acompanhada por um Casa de Saima branco, da Bairrada: vinho fresco, cítrico, com notas de fruta branca e um crescendo na garrafa que quase nos fez levantar e aplaudir.

Já com o palato emocionado, enfrentámos o último desafio da noite: as sobremesas. Um cheesecake com lemon curd digno de ser património imaterial da gula, acompanhado por um Vinhas Velhas de Luís Pato (2023). O vinho brindou-nos com aromas de ameixa preta, pera, flores brancas, maçã e amêndoa torrada, finalizando com notas de pinho, resina e chocolate preto — uma verdadeira ópera gustativa em três castas (Bical, Cercial e Sercialinho), com a Bairrada a fazer o que melhor sabe: surpreender.

No final da noite, seguiu-se o momento menos importante mas inevitável: a votação para o melhor grupo — Os Três Estarolas VS Divinas & Fermentadas. Como não podia deixar de ser, a decisão foi renhida e ingrata, com os juízes a enfrentarem o desafio mais árduo da noite, com coragem e alguma hesitação. Com uma pontuação máxima de 30, a diferença foi mínima — apenas 1,47 pontos. Com 28,1424 contra 26,227, foram as Divinas & Fermentadas a coroar-se campeãs da noite. No fundo, ganhámos todos — uns com a glória, outros com o vinho.

Ficou ainda registado em ata, pela voz do Grão-Mestre Marcos Lança, que caso se volte a sugerir degustar comer marrã de javali, que nos fôssemos todos F0d#r, pois nunca mais na p$%a da vida tal iguaria seria servida cá em cima. Contudo, ficou igualmente pré-acordado que, futuramente, nos deslocaremos ao monte do Grão-Mestre, onde a dita cuja poderá ser apreciada — mas, dessa vez, no seu habitat natural.


14 de junho de 2025

 Brunch Balnear

O dia anunciava sol, mas cedo se dissiparam as esperanças, levadas pelo vento forte que se fez sentir desde as primeiras horas da manhã. Ainda assim, e como é tradição, os preparativos para o brunch iniciaram-se bem cedo — pois os confrades, como mulheres e homens de nobre estirpe, merecem ser tratados à altura da sua dignidade.

Este brunch foi um verdadeiro banquete de sabores e afectos, e como não poderia deixar de ser, reflectiu a essência única da nossa confraria: especial na sua simplicidade, distinta na sua alma. Houve de tudo um pouco, mas predominava um forte e reconfortante toque alentejano — mérito do nosso omnipresente Grão-Mestre, a quem devemos grata reverência.

A manhã abriu com mimosas, não por serem alentejanas, mas porque, para estas, nem o Alentejo tem substituto. Existia uma forte diversidade de sabores mas na sua originalidade deve ter sido o primeiro brunch complementado com um tomate da época, que embora ainda estejamos fora da época do tomate estava absolutamente delicioso, tanto aos olhos como ao palato.

Apesar de termos importado o nome "brunch" do estrangeiro, e de o vírus partilhado pelo Paulinho (gentilmente oferecido por clientes da véspera, com selo de origem chinês) ter reforçado o carácter internacional do evento, nada comprometeu o espírito acolhedor da confraria. De França chegaram os croissants e o fuet, do Brasil o pão de queijo, de Espanha o presunto — e de nós, confrades, o apetite e a camaradagem. Queijos, panquecas, doces e lanches diversos completaram a mesa, numa harmonia que só o coração confrádico sabe conjugar.

Como manda a sabedoria popular, depois da fartura, o desporto. Foi então disponibilizada uma sessão de SUP e canoagem para os confrades aventureiros. Porém, a nortada soprava com vigor e a maré subia com uma pressa quase teimosa, o que conferiu às actividades náuticas um grau adicional de desafio — e um sabor épico ao esforço despendido.

Participaram da expedição náutica os confrades seniores Marcos e Bicas, acompanhados pelos juniores Laura, Alexandre e Francisco. Com grande nobreza e estoicismo, enfrentaram as forças da natureza e da física — especialmente o confrade responsável pela condução da prancha, que, apesar das quedas frequentes, nunca perdeu o seu estilo inconfundível, imortalizado por uns óculos escuros que insistiam em manter o charme, mesmo nas águas mais agitadas.

À saída, o furacão grão mestre arranjou maneira de f0D€r a quilha da prancha de SUP, mas nada que um pouco de fita cola e WD40 não consiga arranjar.

Com o avançar da hora, aproximava-se o momento do segundo prato do brunch (que, honrando a elasticidade dos bons encontros, se prolongaria até após o pôr do sol, pôr do sol esse que nos honrou com uma descida limpa e livre de nuvens). Foi servida uma açorda de bacalhau, confecionada com esmero e pão do primo Horácio. Apesar de estar absolutamente magnífica — tanto em sabor como em alma — acabou por sobrar um pouco, não por desmerecimento, mas porque até os mais valentes confrades têm os seus limites. Fica, porém, a nota de pesar pela impossibilidade de repetir sem medida.

Reinou, ao longo do dia, uma serenidade plena e contagiante, que ofereceu enorme prazer aos anfitriões e deixou no ar um desejo partilhado: que encontros como este se tornem tradição — e não excepção. Serenidade foi a palavra do dia. 

Já com a noite presente, foi convocada assembleia extraordinária para definição dos próximos encontros da Confraria, tendo sido desde logo marcada a data do aguardado Jantar de Natal.

19 de junho de 2025

Sardinhada


Próximo evento

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